ago 16 2013

Rosto

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“O rosto é o ser inevitavelmente exposto do homem e, também, o seu próprio restar escondido nessa abertura. E o rosto é o único lugar da comunidade, a única cidade possível. Isso que, em cada singular,abre ao político, é a tragicomédia da verdade em que ele recai já, sempre, e à qual deve retornar desde o início. Isso que o rosto expõe e revela, não é qualquer coisa que possa ser formulada nessa ou naquela proposição significante,, nem mesmo é um segredo destinado a restar para sempre incomunicável. A revelação do rosto é a própria linguagem…”  – Aganbem

, um blog em construção…Carregamos sempre algumas verdade sobre nós mesmos, por vezes, mascaramos o nosso discurso e encondemos o rosto, pois não podemos ser marcados. A polícia esta em todo canto! Desejamos que esse blog seja um espaço que ative a experiência com a linguagem, dentro e fora, dos muros que nos cercam.  Queremos experienciar a construção de uma narrativa, de um rosto, de um laborátorio de ideias, do pensamento tendo como objetivo a comunicação. E não se trata daquela comunicação, que falsamente, se propõe a transmitir informação do real ou uma verdade sobre o mundo e seus acontecimentos. Comunicar, conceituando o mundo, com uma linguagem própria, um rosto a se delinear, assim como apontar a relação do nosso corpo com a atualidade.

Contudo, o laboratório de ideias, será gerado úterinamente por rodas de conversas, leituras e discussões coletivas sobre a biopolítica. Assim como acontecimentos que possam, principamente, transgredir, o esvaziamento da política, na cidade, e de nós mesmos enquanto sujeitos livres, mas que não podem se mostrar.

Ela, a filopol, é o nosso laboratório. Onde nos provocamos a pesquisar e operar experimentos com os conceitos da filosofia e da politica, assim como de outras “areas” do conhecimento. E nesta sala, vamos tecer arquiteturas do pensamento. De corpos nas ruas ou de ruas corpóreas de carros, transportes privados, de ciclistas amassados no asfalto, ou do sangue que escorre dos becos sangrentos da proibição de decidir sobre a vida.

Ainda não sabemos ao certo, mas o caminho pelo qual decidirmos percorrer, e aquelxs com xs quais decidimos nos encontrar, nos faz a experiência de investigação do que precisamos transgredir.  Das tradições, da história da filosofia, da ciência, na segmentação das àreas do conhecimento, e dos sistemas de exclusão que a universidade promove. O que criamos de intercessores?

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